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Ao lado do MNCR e UNICATADORES, ANCAT discute fim da Importação de Cacos de Vidro para desenvolver LR e valorizar catadores

A Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (ANCAT), em artigo criado junto com o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e a União Nacional dos Catadores (Unicatadores), apresenta um amplo olhar sobre o momento atual da cadeia da reciclagem e produção de vidro. O documento também faz considerações sobre o potencial fortalecimento da logística reversa do setor, com maior reconhecimento do trabalho dos catadores de materiais recicláveis, promovendo a economia circular potente, em benefício da sustentabilidade e preservação ambiental. Para isso, o artigo “Desafios e Oportunidades na Reciclagem de Vidro no Brasil: Uma Análise Crítica das Importações e Logística Reversa” sugere a interrupção da importação de cacos de vidro no país.
O texto examina a viabilidade e sustentabilidade do setor do vidro no Brasil, ressaltando a importância da cadeia de valor da coleta seletiva e logística reversa para a economia nacional, especialmente em setores como alimentos, bebidas, farmacêutico e cosméticos. No entanto, o documento também aponta os desafios enfrentados pelos catadores devido às dinâmicas atuais do setor.

Um dos pontos citados no artigo é a decisão favorável da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), que manteve a alíquota de importação dos cacos de vidro em 18% (juntamente com os cacos incolor). Apesar da regra, a vinda destes resíduos do exterior continua sendo um obstáculo para a recuperação e utilização dos recursos recicláveis no Brasil. Na avaliação das três entidades, a reciclagem de vidro, quando realizada de maneira justa e sustentável, oferece muitos benefícios socioeconômicos, entre eles, o fortalecimento e reconhecimento do trabalho dos catadores (as), a criação de outros empregos e até a redução dos custos de produção da indústria vidreira. Sem falar das vantagens ambientais: a diminuição da extração de matérias-primas, das emissões de CO2 e do consumo de energia.
O artigo defende a necessidade de um mercado interno mais estruturado, que seja promovido por regramentos da logística reversa, como previstas no Decreto 11.300/2022. Dessa forma, por exemplo, a essencialidade das atividades dos catadores, garantindo a estes profissionais, o pagamento justo pelo serviço ambiental que realizam. O artigo também sustenta a demanda por investimentos nas redes que envolvem organizações de catadores, além de infraestrutura de coleta e transporte de vidro, bem como as instalações para agregação dos volumes recicláveis.
Outro ponto fundamental abordado é a consolidação do diálogo entre os responsáveis por esta cadeia — Estado, catadores, indústria e sociedade — como forma de assegurar o desenvolvimento sustentável no Brasil.

Para mais detalhes, CLIQUE AQUI e acesse o documento completo em PDF.

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