Ancat marca presença na Bienal do Lixo e defende remuneração justa aos catadores
Na última quinta (dia 22), o presidente da Ancat, Roberto Rocha, esteve presente na segunda edição da Bienal do Lixo, realizada no Parque Villa Lobos, em São Paulo. Na oportunidade, Rocha participou do Painel de Diálogo com a temática “Catadores e Catadoras: como a conta fecha?”, juntamente com os participantes Jair do Amaral (Fepacoore) e Marcos Iório (CCD Circula), com moderação de Roseana Souza, consultora em sustentabilidade, além da presença do Bispo Catador, do coletivo Kombosa Seletiva.
Um debate importante e oportuno para levantarmos questões urgentes, como o reconhecimento e uma remuneração justa dos catadores e catadoras de materiais recicláveis, verdadeiros protagonistas da cadeia da reciclagem no Brasil. “Precisamos sentar, debater ideias e propor melhorias para o desenvolvimento dos catadores e catadoras de materiais recicláveis. O mercado precisa encarar o catador como prestador de serviço para avançarmos, com mais investimentos, e os catadores precisam ser pagos pelos serviços prestados. O setor empresarial precisa entender que o trabalho desenvolvido pelos catadores é muito importante e precisa ser melhor remunerado dentro dessa cadeia da reciclagem”, disse Rocha.
Jair do Amaral, diretor presidente da Fepacoore – Federação Paulista de Cooperativas de Reciclagem, destacou a importância do evento. “Minha participação aqui foi mais pra trazer um pouco do nosso conhecimento técnico. A Fepacoore tem como objetivo principal a gestão e desenvolvimento das cooperativas de reciclagem, para que elas tenham condições de ingressar em editais e terem acesso a grandes indústrias, trazendo mais desenvolvimento coletivo e solidário, além da geração de renda para os cooperados e seus catadores”, destacou Amaral.
Marcos Iório, vice-diretor na CCD Circula (Centro de Ciência para o Desenvolvimento de Economia Circular) falou sobre a oportunidade de debate com lideranças do setor. “A conversa hoje foi pra saber como é que fecha essa conta, onde é que está faltando dinheiro, que tipo de investimento, quais políticas públicas devem ser aplicadas aos catadores. O que a gente ainda não sabe sobre esse movimento, o que precisamos fazer para o Brasil se transformar ecologicamente, e a gente sair de uma economia de descarte e ir para uma economia de circularidade”, lembrou Iório.
A Bienal do Lixo reuniu palestrantes, convidados, artistas, além de oficinas, mostra de cinema, exposições, desfiles de moda, entre outras atividades. A arte a serviço da transformação positiva da sociedade e do resgate da vida sem desperdícios. “Só cuida do lixo quem ama, porque é por amor que se faz esse trabalho”, destacou Heloisa Capellas, CEO do Centro Hoffman, em sua fala no evento.
Vamos cuidar do nosso planeta? Olhar atento aos catadores e catadoras de materiais recicláveis, eles fazem parte da transformação por um mundo mais sustentável, inclusivo e com justiça social.




