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A falta de políticas públicas para a indústria da reciclagem automotiva faz com que o Brasil deixe de arrecadar torno de R$ 40 bilhões por ano. E uma parcela deste valor poderia ser destinado ao trabalho promovido pelos catadores de materiais recicláveis.

Segundo matéria do R7, publicada no último dia 8, além da perda deste valor bilionário, o país sofre com os danos ambientais causados pelo abandono de milhares de veículos abandonados, que se desmancham a céu aberto em pátios públicos, depósitos e ruas do país.

Um dos entrevistados na reportagem, o presidente da Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (ANCAT), Roberto Rocha, defende a  inclusão dos catadores no debate para a criação de normativas sobre a reciclagem de veículos, alinhadas como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Para Rocha, a categoria teria um ganho financeiro significativo, pois o material automotivo é mais valioso que o resíduo pós consumo. Segundo o presidente da ANCAT, cerca de 40% da sucata reciclada por catadores é automotiva, mas o processo da reciclagem esbarra na falta de legislação e incentivo fiscais.

“Muitos desses automóveis e peças são descartados no meio ambiente e nós, em carroças e caminhões, damos a destinação correta a esse material”, afirma o catador e presidente da ANCAT, em mais um exemplo que mostra a participação valiosa dos catadores, em cooperativas e autônomos, na recuperação de resíduos.

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