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Primeiro fim de semana do Rock in Rio Brasil 2024 tem 61 toneladas de resíduos recolhidos para reciclagem

Serviço dos catadores é gerenciado pela ANCAT e conta com a tecnologia blockchain que permite rastreamento de materiais, desde o descarte do público até o retorno à indústria

O Rock in Rio Brasil 2024 montou uma força tarefa para garantir a edição mais sustentável de todos os tempos do Festival. No primeiro fim de semana, a parceria com a Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (ANCAT) já possibilitou a rastreabilidade e o início da triagem de 61 toneladas de resíduos das três primeiras noites do evento. Deste total, 13 mil quilos, correspondendo a 37,26%, já foram enfardados e processados pelas cooperativas. Dentre esses materiais recicláveis, destacam-se 9,6 mil quilos de papel e 2 mil quilos de alumínio e 1,6 mil quilos de plástico. Vale ressaltar que ainda há 48 toneladas de resíduos em estoque a serem processados, evidenciando o trabalho contínuo dos próximos dias no processo de reciclagem.

Para garantir a precisão da rastreabilidade dos resíduos gerados no evento, a ANCAT conta com a parceria da Startup Reutiliza Já, que estará à frente da implementação da tecnologia de rastreamento. A iniciativa utiliza a tecnologia blockchain, que foi introduzida com sucesso na última edição de 2022.

No Rock in Rio Brasil, os catadores assumem o papel de protagonistas, evidenciando sua contribuição indispensável para a sustentabilidade do festival, reforçando sua importância na sociedade e meio ambiente. Para esta edição dos 40 anos, cerca de 80 catadores associados fazem a separação dos materiais na Central de Triagem (CT) de Bangu, onde seis cooperativas — Coopideal, Coop-Reciclando para Viver, Cooper Rio Oeste, CoopArcanjo, CoopQuitungo e Cooperativa Recicla Mais — trabalham em conjunto. Além disso, outras cinco cooperativas da Rede Movimento atuam no perímetro de entrada do evento.

“O serviço é realizado com rigorosos padrões de qualidade e de acordo com as normas da segurança do trabalho e dos órgãos responsáveis pela logística reversa de resíduos recicláveis. Atendemos à legislação brasileira, fortalecendo o papel dos catadores na economia circular, alinhado às práticas de ESG, e contribuindo para a geração de renda e a valorização profissional,” afirma Roberto Rocha, presidente da ANCAT.

Como funciona a operação

Na Cidade do Rock, os resíduos pós-consumo gerados pelo público são coletados pela Comlurb e encaminhados por caminhões específicos, monitorados por QR Code até a sede de trabalho dos catadores, em Bangu. Lá, os materiais são separados e contabilizados em fardos e passam por uma cuidadosa gravimetria que pode ser acompanhada em tempo real. A triagem do material também é feita por marca/produto parceiros do evento para que sejam rastreadas até a sua reciclagem na indústria, registrando de ponta a ponta a economia circular da ação.

Além disso, KPIs socioambientais são gerados para acompanhar o impacto da operação. Esses indicadores permitem monitorar, por exemplo, a quantidade de materiais reciclados, a redução de emissões de carbono e a geração de renda para os catadores envolvidos, contribuindo assim para a transparência e mensuração dos benefícios ambientais e sociais. Isso reforça o compromisso do evento com a sustentabilidade e a economia circular, ao mesmo tempo em que valoriza o trabalho dos catadores e das cooperativas.

“O objetivo da parceria entre o Rock in Rio Brasil e a ANCAT vai além do simples ato de fortalecer a reciclagem, ela reflete nossos valores com transparência e responsabilidade social. Estamos animados com o que já conquistamos no primeiro final de semana e temos grandes expectativas para os próximos dias, reforçando nosso compromisso com a sustentabilidade e a economia circular ao longo de todo o festival”, conclui Letícia Freire, Gerente de Sustentabilidade Operacional do Rock in Rio.

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